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Arquitetura

Alessandro Giraldi: o nome por trás do Studio Vir

By 15 de dezembro de 2021janeiro 17th, 2022No Comments
Alessandro Giraldi, fundador do Studio Vir

Em meia década de trabalho, o Studio Vir já ajudou a tirar do papel muitos projetos de arquitetos e empreendedores graças a um sonho realizado por Alessandro Giraldi, o nome por trás de tudo.

O arquiteto e fotógrafo uniu as duas paixões com o propósito de trazer um olhar mais cuidadoso para as imagens 3D feitas para o mercado imobiliário. 

O resultado disso são inúmeros projetos realizados, prêmios, além de uma equipe unida e clientes recorrentes que confiam no trabalho do Studio Vir.

Acompanhe a entrevista com o CEO e fundador do Studio Vir contando sobre o passado, presente e futuro da empresa.

Alessandro Giraldi relembra sua trajetória


Desde quando começou o seu interesse pela arquitetura?


Alessandro Giraldi – Minha história com a arquitetura começa ainda criança, quando minha mãe colecionava a extinta revista
Casa Cláudia. Me lembro de chegar em casa e sempre encontrar uma revista nova.

Uma das minhas partes preferidas da revista eram as últimas páginas porque tinham alguns croquis de casas. Eu tentava copiar esses desenhos em uma folha de papel em branco.

“Eu sempre gostei muito de desenhar e meus pais foram grandes incentivadores disso.

Quando eu tinha uns 11 anos, através de uma amiga em comum, o Maurício de Sousa, criador da turma da Mônica, pediu que eu desenhasse uma história em quadrinhos com os personagens da turma e enviasse pra ele por correio.

Depois de um tempo do envio, recebemos um telefonema dos estúdios Maurício de Sousa para que eu fosse pra São Paulo conhecê-lo. Na época, morávamos no Rio de Janeiro e a viagem foi uma experiência incrível.

Conheci o Maurício e o estúdio onde tudo era criado. Ao fim do dia estávamos na sala dele, quando ele me perguntou qual era o meu personagem favorito. O Maurício me fez um desenho do Cebolinha que guardo com muito carinho até hoje. 

Muito atencioso, ele disse aos meus pais que quando eu terminasse o segundo grau poderia voltar lá pra participar do programa de estágio pra jovens desenhistas. 

Infelizmente, nunca voltei, porque quando terminei o Ensino Médio em São Paulo, minha família precisou se mudar pra Campo Grande (MS).

Quando o interesse pela arquitetura e pela fotografia se cruzaram?


Alessandro Giraldi – Em 1995, entrei para a faculdade de arquitetura em Campo Grande (MS). A minha turma iria se formar no final de 1999 e seríamos os arquitetos dos anos 2000, mas, em 1998, meu pai precisou ser transferido pra Belo Horizonte a trabalho.

Nesse período, consegui uma transferência pra Puc-Minas e foi aqui que a fotografia se encontrou com a arquitetura.

Na Puc descobri uma matéria eletiva de Fotografia e decidi fazer por curiosidade. Aquele era o início das câmeras digitais mas, pra minha sorte, as aulas ainda eram feitas em câmeras fotográficas analógicas. Foi quando um novo universo se abriu.

Depois de algumas aulas teóricas, o professor entregava uma câmera (Pentax K1000) com “24 poses” pra cada um e tínhamos que andar pelo campus da faculdade em busca de fotos interessantes. 

“Foi nesse momento que aprendi a diferença entre “tirar” uma foto e “fazer” uma foto. Pra registrar um momento, precisávamos parar, observar a cena através do visor da câmera, pensar na iluminação, composição e só então apertar o botão.

Como tínhamos poucas poses, não poderíamos disparar inúmeras fotografias como fazemos hoje em dia com as câmeras digitais e celulares. Cada clique era contado, então tínhamos que anotar todos os parâmetros que usávamos — o ISO, o tempo de exposição, a abertura de diafragma e o milímetro da lente usada.

O professor não avaliava apenas se a foto estava tecnicamente correta, mas também se existia uma composição que fazia sentido e se ela tinha alguma relação com a arquitetura.

Esse contato com a fotografia foi essencial pro trabalho que faço hoje. Embora essas duas paixões (a arquitetura e a fotografia) não tenham nascido juntas, elas caminham atreladas até hoje e são fundamentais no dia a dia do Studio Vir.

Por que o Studio Vir nasceu?


Alessandro Giraldi – Quando fundei o Studio Vir, o meu propósito era trazer um olhar mais fotográfico para as imagens 3D que eram feitas pro mercado imobiliário. 

Na ocasião do nascimento do Studio Vir, eu estava estudando um renderizador novo na época, o “Corona Renderer”, que até hoje é nossa principal ferramenta. Esse software me dava a possibilidade de ser uma espécie de fotógrafo virtual, utilizando todo o conhecimento que eu tinha de fotografia.

Um pouco antes de iniciar o Studio Vir, eu tinha feito alguns trabalhos como fotógrafo de projetos de arquitetura, então minhas referências estavam indo por esse caminho. Meu objetivo era conseguir criar “ensaios fotográficos”, só que virtuais.

Conheça a nossa trajetória. → 

Fotografia virtual de um living pelo Studio Vir

O que é o Studio Vir hoje para Alessandro Giraldi

Qual acredita ser o principal diferencial que entregam hoje?


Alessandro Giraldi – Acredito que hoje em dia o Studio Vir tenha dois grandes diferenciais: a qualidade das entregas e um atendimento cuidadoso.

Sempre buscamos manter a identidade visual que criamos ao longo do tempo com esse DNA fotográfico porque isso garante a qualidade do material que entregamos.

Mas, tão importante quanto isso, é o atendimento cuidadoso que oferecemos aos nossos clientes. Somos muito preocupados com a relação entre as partes porque o nosso objetivo é que ela seja o mais duradoura possível.

Para isso, nosso foco é na organização, no estabelecimento e cumprimento dos prazos e em um fluxo de trabalho transparente com os nossos clientes.

De quais projetos você mais se orgulha?


Alessandro Giraldi – Eu destacaria três projetos que marcam momentos importantes:

1) Imagem da Poltrona Mole – Yamagata Arquitetura

Antes de criar o Studio Vir eu fazia alguns trabalhos de renderização pra arquitetos. Essa imagem foi muito emblemática pra nós porque viralizou entre os grupos de arquitetos rendendo novos projetos. 

Artisticamente, eu adoro a imagem. Ela tem uma grande riqueza de detalhes, iluminação natural e composição fotográfica.

2) Projeto Redentor – Piimo e Cité

Fachada do projeto Redentor da Cité

Esse projeto marca o início do Studio Vir com o primeiro projeto pro mercado imobiliário, os anteriores eram apenas pra arquitetos.

3) Casa Fog – Alessandro Giraldi e Marcelo Moura

studio vir, projeto fog house por Alessandro Giraldi e Marcelo Moura

Projeto emblemático pra história do Studio Vir porque viralizou por todo o mundo.

Praticamente todos os sites de arquitetura repostaram, principalmente durante a pandemia, pela atmosfera envolvida na imagem e pelas sensações que nos provoca.

Conheça o processo de criação da Casa Fog

Como é o trabalho com as construtoras?


Alessandro Giraldi –
Nosso trabalho vai muito além de apenas “vender imagens” porque nosso objetivo é conectar o cliente com o seu futuro através do material que criamos. E as construtoras são nosso principal foco no mercado.

“No mercado imobiliário, sempre falamos que vendemos sonhos porque praticamente todos os imóveis que representamos são vendidos antes mesmo de ficarem prontos. 

Valorizamos o envolvimento com o cliente desde o início do projeto pra ficarmos o mais alinhados possível com todo o conceito que o cliente deseja transmitir. Então:

  1. Primeiro, fazemos uma reunião de kick off inicial para que a construtora nos apresente o projeto como um todo.
  2. Recebendo o projeto, então começamos a parte de modelar os itens da cena com base na listagem de material que recebemos para produzir.
  3. Em seguida vem a parte de criação das primeiras prévias. Aqui mostramos nossas sugestões das câmeras (cenas) que acreditamos serem as mais interessantes pra representar o projeto e cativar o cliente.
  4. Depois de escolher as câmeras, partimos para a produção das primeiras imagens, já com qualidade superior.Rooftop do projeto Visconde da Tegra por Alessandro Giraldi
  5. Nesse momento recebemos os comentários e as sugestões da construtora e então, após incorporarmos as mudanças, chegamos às imagens finais.

Essa parceria é fundamental pro sucesso porque assim conseguimos ouvir as demandas do cliente e, ao mesmo tempo, temos a liberdade criativa que precisamos para que a entrega final seja assertiva, dentro das expectativas e objetivos desejados.

Saiba mais sobre as soluções do Vir para construtoras. →

Destacaria alguns prêmios recebidos pelo Vir?


Alessandro Giraldi – Com a grande demanda do dia a dia, não conseguimos participar de grandes concursos, infelizmente, mas relembro os poucos de que participamos e que foram muito bacanas.

UNHIDE CONFERENCE – 2019

studio vir, fotografia 3D de trecho do projeto fog house por Alessandro Giraldi

Em setembro de 2019 participamos de um concurso de imagens 3D dentro da conferência UNHIDE CONFERENCE, realizada em São Paulo reunindo os maiores artistas 3D do mundo. Nesse concurso, participamos com a Casa Fog e conseguimos o terceiro lugar.

Esse concurso tem uma importância grande na nossa história porque foi a nossa primeira participação em um concurso. Como já comentei, a imagem da casa viralizou em vários portais de arquitetura pelo mundo.

HOTEL ISLANDÊS – 2019

Projeto de Hotel na Islândia da Tripper Arquitetura por Alessandro Giraldi

Ainda em 2019, fomos convidados pela Tripper Arquitetura, do arquiteto Marcelo Moura, a criar as imagens pra um concurso da expansão de um Hotel na Islândia. 

A Tripper foi premiada com uma menção honrosa e foi o único escritório da América Latina entre os premiados.

MEMORIES – 2021

Já em 2021, participamos com a mesma Casa Fog no concurso “Memories”, promovido pela empresa de renderização “RebusFarm”. 

Artistas de todo o mundo participaram e nós conseguimos o segundo lugar.

Veja os outros premiados aqui. →

Como é a experiência do Vir enquanto time?


Alessandro Giraldi –
Junto com os nossos clientes, o nosso time é nosso maior patrimônio. 

Uma das coisas que mais valorizamos na cultura da empresa é a horizontalidade e a fluidez da informação porque acreditamos que só alcançamos um alto desempenho quando todos se ajudam, como num time. 

E quando falamos de time é sobre esse trabalho em conjunto mesmo, onde cada peça é fundamental pro trabalho do próximo, seja em uma tarefa específica, seja através de uma simples ajuda com algo que um tenha mais facilidade do que o outro.

“Manter a equipe motivada e criativa é a tarefa do dia a dia.

Com a pandemia, rapidamente tivemos que nos adaptar à cultura remota. Foi um desafio no início, mas, pelo feedback de todos, estamos indo super bem nesse caminho. 

Com a tecnologia a nosso favor, as reuniões virtuais se tornaram mais frequentes. Elas foram a principal ferramenta de interação entre o time, junto com os aplicativos de conversa.

Nós temos reuniões semanais de planejamento, mas mensalmente nos falamos individualmente para que alinhemos as expectativas, dificuldades e sugestões sobre tudo o que envolve o nosso trabalho e a rotina da equipe.

Alessandro Giraldi conta o que está por vir

Quais sonhos ainda estão por vir?


Alessandro Giraldi –
Acho que o meu principal sonho é conseguir manter a cultura da empresa sempre presente, tanto na formação do nosso time quanto no DNA do material que produzimos. Mas, como estamos num processo de expansão, isso se torna um grande desafio. 

A nossa ideia é expandir nosso mercado nacional e internacionalmente. E estamos no processo! Em 2021, fizemos um lançamento pros Estados Unidos e agora estamos finalizando um outro projeto pra Portugal.

Além da expansão de mercado, criar novos produtos seguindo as tendências tecnológicas também está em nosso radar. Por exemplo, o aumento na produção dos filmes e criação de novas soluções em realidade virtual.

Em breve teremos novidades, não deixe de acompanhar!

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